Vereadores levantam necessidades na manutenção de diques em reunião de Comissão Temporária

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  A Comissão Legislativa Temporária Especial para acompanhar cronograma de manutenção de comportas e diques de contenção no município reuniu-se na noite da última quinta-feira (30) no plenário da Casa. Além do presidente da Comissão, vereador Beto Tribess (PMDB) e do secretário, vereador Adriano Pereira (PT), estiveram presentes representantes da Secretaria de Obras, da Secretaria de Defesa do Cidadão, através da Diretoria de Defesa Civil, e também representantes dos diques de contenção de cheias da cidade.
   
  Carlos Cesar Wagner, representante do dique do Vorstardt, comporta Antonio Treiss, comentou que há sete meses foi criada uma comissão que reúne os representantes dos diques de Blumenau, a Cored-Blu, à qual pediu que os vereadores se juntassem. Relatou que a empresa responsável pala manutenção das comportas não tem feito o serviço, e os trabalhos sempre são realizados pelos voluntários da comunidade. “A comporta pertence ao poder público, mas o serviço não está sendo realizado. Temos essa dificuldade há pelo menos quatro gestões”, salientou. Ele acrescentou que o polder da comporta a qual representa possui uma bomba de caminhão movida a óleo diesel, que precisa ser semanalmente ligada.
   
  Já Ademar Nunes, representando os diques da Rua 25 de Julho e da Santa Efigênia, dos bairros Fortaleza e Itoupava Norte, enfatizou que até mesmo o óleo diesel que é usado para colocar os equipamentos em funcionamento está sendo bancado com dinheiro dos representantes dos diques. “Queremos que que a obrigação de fazer a manutenção dos diques seja passada totalmente ao Poder Executivo”, destacou.
   
  Gilberto Parisotto, que faz parte da Comissão do Dique da Fortaleza, apontou que o principal problema do dique é a limpeza, pois uma grande quantidade de sujeira fica acumulada e tranca a passagem total da água. “Nossa sugestão é que ao menos um dos dois vigias que fazem a segurança atualmente seja substituído por um zelador, que opere o sistema de limpeza e cuide também do acesso ao local”. Ele ainda destacou a necessidade de ter um técnico de carreira ligado à Defesa Civil que acompanhe a situação nos diques, para evitar que o histórico seja perdido na troca de gestão da Secretaria.
   
  A engenheira da Secretaria de Obras, Ana Cristina Brandt, mencionou que foi responsável pela fiscalização da parte final da construção do Dique da Fortaleza. “Na ocasião percebi a importância e a complexidade da obra, e que o esforço para concluir o dique era apenas parte do esforço que a comunidade e a administração pública precisariam dispensar para colocar a estrutura em operação. O PI-5, do Dique da Fortaleza, é sistema um pouco mais complexo do que os outros, e precisa de uma dedicação maior para que aqueles equipamentos não se percam e que o projeto possa funcionar como foi concebido”, reforçou.
   
  O diretor da Defesa Civil de Blumenau, Adriano Cunha, apontou que a empresa contratada para manutenção dos diques e comportas tem uma planilha de vistorias que deve seguir, que consiste em uma visita mensal de manutenção preventiva, além das manutenções corretivas quando são necessárias. Destacou que o atual contrato com essa empresa finaliza no mês de maio e a Diretoria de Defesa Civil já está levantando informações junto aos representantes dos diques de forma a alterar o que será previsto no próximo contrato, a fim de dar encaminhamento à licitação. “Queremos muito que as comportas funcionem da melhor forma possível. Estamos tirando ideias das reuniões e atendendo aos pedidos na medida do possível. Vamos aprimorar o contrato a fim de que as próximas enchentes não causem mais tantos danos”, garantiu.
   
  O vereador Adriano Pereira se comprometeu a pressionar o Executivo para que cumpra o que está determinado na legislação referente aos diques, de que o Poder Público deve ser responsável pela manutenção. Também disse que os parlamentares podem ajudar na alocação de recursos, se necessário, para evitar que os gastos com a manutenção continuem saindo dos bolsos dos voluntários. “Defendemos a permanência dessa questão como política pública independente de bandeira partidária. O Executivo precisa fazer mais do que tem feito até aqui”, disse. O vereador ainda destacou a importância de que a Defesa Civil destaque um funcionário técnico de carreira para acompanhar a situação dos diques da cidade.
   
  Ao final, o presidente da Comissão, vereador Beto Tribess, se comprometeu com o encaminhamento das questões colocadas pelos participantes no prazo de 180 dias, além de fixar a data da próxima reunião da Comissão para o dia 14 de maio. Ele pediu que os representantes dos diques tragam para o próximo encontro sugestões de melhorias para auxiliar na montagem do termo de referência para a próxima licitação. Também apontou que convidará representantes da Secretaria de Serviços Urbanos para tratar da roçada dos terrenos onde os diques estão instalados. Tribess ainda defendeu a manutenção da Comissão Legislativa. “Podemos agregar comissões e unir esforços, mas os vereadores podem facilitar os encaminhamentos no sentido de fiscalizar o cumprimento da lei e na busca de recursos”.
   
  Fonte: Assessoria de Imprensa
  Foto: João Vitor Korc | CMB