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27-02-2015

Vereador Beto Tribess acompanha restauração do prédio da Fundação Cultural que foi alvo de vândalos

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    O vereador Roberto Tribess (PMDB) acompanhou, na manhã desta quinta-feira (26), o trabalho de restauração da parede da sede da Fundação Cultural de Blumenau, no bairro Centro, que sofreu pichações por atos de vandalismo há mais de seis meses. Quem está executando os trabalhos de remoção da tinta, por aproximadamente 10 dias, é a conservadora e restauradora Lilian Martins, contratada pela fundação. 

    Ela explica que são utilizados produtos testados, adequados e que passaram por análise química para não danificar ainda mais o prédio. “Além dos solventes, são usadas técnicas e produtos especiais que dissolvam essa tinta sem ter uma reabsorção desse pigmento pelo prédio”. 

    O parlamentar é autor do Projeto de Lei Complementar Nº 1.356, que altera as redações do Código de Posturas de Blumenau, proibindo a pichação e a venda para pessoas com menos de 18 anos, multando e penalizando os infratores, entre outros aspectos. A matéria já foi aprovada pela Câmara e em partes pelo prefeito Napoleão Bernardes (PSDB)

    Tribess lamentou que a parte da proposta onde trata da fiscalização da comercialização da tinta spray pelo município foi vetada. “Se houvesse o controle da venda desse material, com certeza, não haveriam tantas pichações em Blumenau, inclusive em prédios particulares”, argumentou, acrescentando que a intenção era controlar a venda e o fornecimento de tintas spray. 

    Na avaliação de Lilian, existe por trás da remoção um trabalho técnico e logístico que é difícil e minucioso, pois se trata de um patrimônio histórico. “Além da tinta ser resistente, não se pode usar todo tipo de produto, como por exemplo, os solventes muito potentes. Não é toda intervenção que eu posso fazer, inclusive porque o material é áspero, então a tinta penetra entre as pedrinhas de quartzo”. 

    Outra dificuldade relatada por ela são os dias quentes em que o trabalho é interrompido porque os solventes utilizados evaporam rápido e perdem a eficácia necessária para a remoção. 

    O diretor administrativo financeiro da Fundação Cultural de Blumenau, Luiz Cláudio Koerich disse que ficou surpreso com a ação dos vândalos na sede, pois existe vigilância noturna e o fato ocorreu durante esse período. Ele informou que a Escola Nº 1, localizada no bairro Itoupava Central, também foi alvo de pichações na mesma época e passa pelo trabalho de restauração. “Já estamos cercando aquela área para coibir novas ações. É lamentável a prática, alguns segundos ocasionaram um problema tão grande e de uma magnitude tão ruim para a sociedade”. O investimento do poder público para a restauração dos dois locais é de R$ 2,5 mil. 

    Para Lilian Martins, o ato de vandalismo praticado contra o bem público a entristece. “O trabalho de conservação e restauração consiste em impedir e, quando possível, minimizar a ação do tempo. Estou fazendo um trabalho que não precisaria ser feito”.

     

    Fotos: Vivan Persuhn | CMB

    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB