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10-05-2017

Servidores têm experiências como deficientes visuais em atividades na Câmara

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    A Câmara de Vereadores, por meio da Escola do Legislativo Fritz Müller promoveu, durante a manhã e a tarde desta quarta-feira (10), a Oficina Sensorial “Caminhar sem Ver”. A atividade, que faz parte da programação do Movimento Maio Amarelo na cidade, aconteceu na sala de reuniões anexa ao plenário e também no plenário do Poder Legislativo municipal. O evento foi realizado em parceria com a Sociedade Cultural Amigos do Centro Braille de Blumenau (ACBB) e com a Fundação Cultural de Blumenau (FCBlu).

    Na oportunidade, os servidores da Câmara Municipal, com o auxílio dos voluntários da entidade, tiveram a experiência de um deficiente visual ao caminhar por uma pista com os olhos vendados e também em uma sala sensorial, onde puderam experimentar e despertar os outros sentidos.

    “Eles puderam se colocar no lugar da pessoa com deficiência, vivenciar os obstáculos e perceber como ela precisa estar atenta aos cheiros, barulhos e outros aspectos ao seu redor. Além disso, a outra atividade demonstrou como os cegos devem confiar na sua bengala e quanto é importante ter autonomia para se locomover para onde quiser”, explicou a secretária da Sociedade Cultural Amigos do Centro Braille de Blumenau, Patricia Manetta.

    Os participantes ainda receberam orientações de como fazer um atendimento especializado às pessoas com essa deficiência. Entre as dicas apresentadas estão a de não generalizar aspectos positivos ou negativos de uma pessoa cega que você conheça, estendendo-os a outros cegos, e a de não tratar os deficientes visuais como pessoas diferentes somente porque não podem ver.

    A diretora-técnica da ACBB, Eliane Luchini, explicou que as principais atividades da associação são de cunho educacional, no sentido de preparar a pessoa cega para o mercado de trabalho e sociedade. Ela falou sobre o principal desafio das pessoas cegas, principalmente em Blumenau. “A maior demanda é a necessidade de mais sinaleiras sonoras, porque todos têm o direito de ir e vir. Além disso, existe a necessidade de disponibilização de material didático e informativos no sistema braille ou em formato mp3 para que tenham acesso às informações”, apontou.

    Para a chefe de gabinete da presidência, Silmara Silva, a experiência foi indescritível. Ao fim da atividade, disse que ficou emocionada. “A oficina oportunizou a experiência de nos colocarmos no lugar do outro, a respeitar o próximo, pois somos todos iguais. Além disso, com os olhos vendados, pude notar como os nossos outros sentidos ficam aguçados. Existem as pessoas que são atenciosas e outras que mantêm distância dos deficientes visuais por não saberem como lidar com eles. Essa oficina também ajudou a saber como agir nessas situações, visto que recebemos muitas pessoas cegas ou com baixa visão no gabinete”, relatou, recomendando a todos os servidores esta experiência.

    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB
    Fotos: Jessica de Morais | Imprensa CMB