Servidores públicos defendem movimento grevista na Câmara de Vereadores
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A coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau (Sintraseb), Sueli Adriano, ocupou a Tribuna para afirmar à população que a categoria continuará em greve. Afirmou que o movimento vai continuar até que o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) decida retomar as negociações com a classe. O plenário e a antessala lotaram com os servidores grevistas.
“Tem que ter vontade política, tinha que ter no governo Kleinubing e não teve. Nós não vamos esperar até 2015. Não estamos pedindo nada surreal, apenas os nossos direitos”, afirmou, salientando que estava ali para historiar o movimento à comunidade.
Disse que o Sintraseb está providenciando as medidas necessárias em relação a liminar judicial que exige a volta dos servidores ao trabalho. Ressaltou que os servidores entendem as dificuldades da população, mas que no momento não outro caminho que não seja a greve.
Sueli Adriano explicou que a decisão pela greve não é da diretoria do sindicato, mas de toda a categoria, que vem há 16 meses aguardando por uma posição do prefeito Napoleão. Lembrou que em 2012 a entidade teve um encontro com os “prefeituráveis” e que apenas Jean Kuhlmann (PSD) assinou o documento com o rol de reivindicações com ressalvas. Os demais, segundo a coordenadora, se comprometeram com as reivindicações da categoria.
“Acreditávamos e ainda acreditamos na vontade política. Acreditávamos que o eleito viesse a ter responsabilidade e valorizasse o servidor”, destacou, lembrando que a entidade tem acompanhado a lei orçamentária e o plano plurianual e novamente foi iludida com falsas promessas.
Sueli Adriano disse também que a categoria rejeita a emenda ao Projeto de Lei Complementar do Executivo, proposta pelo vereador Ivan Naatz. Pela emenda do vereador o Executivo poderia conceder reajustes por funções. “Nós rejeitamos porque esta proposta permite novamente que o governo escolha a categoria que poderá receber aumento salarial”.
O diretor do Sintraseb, Sérgio Maurici Bernardo, também ocupou a tribuna para defender o movimento dos servidores. Ele mostrou uma folha de pagamento de uma servidora que recebe um pouco mais de R$ 800,00. Ressaltou que a servidora tem mais de 20 anos de profissão. Citou também o salário de um vigia aposentado. “Depois de ter dado a vida dele no trabalho o vigia recebe um pouco mais de R$ 700, quase empatando com o valor do salário mínimo nacional”, comparou.
Pediu aos vereadores que não aprovem o projeto de lei do Executivo que determina o reajuste pelo INPC, antes que o Governo Napoleão volte a conversar com o movimento sindical. “Se querem respeitar o movimento dos servidores e valorizá-los, não votem. Mas se votarem nós vamos continuar em greve”, sustentou.
Sergio Bernardo disse que a Polícia Militar acompanhou o movimento a pedido do prefeito, mas que os policiais deram apoio aos servidores. “Nos disseram que nós fizemos um movimento ordeiro e que estavam ali para garantir a nossa segurança”.
Foto: Renan Olaz | Agência CamaraBlu
Fonte: Assessoria de Imprensa CamaraBlu