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12-08-2014

Representantes de entidades pedem pela criação de Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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    A psicóloga Márcia Coelho e a pedagoga Luana Tilmann, integrantes respectivamente da Associação Paradesportiva de Blumenau (Apesblu) e Associação dos Cegos do Vale do Itajaí (Acevali), ocuparam a tribuna, na manhã desta terça-feira (12). Elas entregaram à Câmara minuta do projeto que institui o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Blumenau e pediram aprovação do documento na íntegra.

    Márcia destacou que deficiência não é sinônimo de ineficiência e ressaltou que todas as pessoas com deficiência têm o direito de se capacitar numa atividade laboral. “Nós também somos capazes de fazer circular o dinheiro na sociedade, girar a economia”, assinalou.

    Ressaltou também que é preciso uma cidade que atenda as necessidades dos deficientes em todos as áreas. “Quando os obstáculos forem vencidos, a deficiência é superada e poderemos sim ser independentes, se tivermos acessibilidade a todos os serviços”, salientou Márcia, reforçando que sem barreiras a deficiência desaparece.

    Luana lembrou que o projeto que propõe o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi discutido e elaborado por entidades representantes de pessoas com deficiência. “Pessoas que conhecem as nossas necessidades, que sabem o que é bom e necessário para termos uma cidade acessível e inclusiva. E isso é possível”, assegurou.

    Disse que o documento é baseado na Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada em 2006. Destacou que a convenção define como pessoas com deficiências as que possuem impedimento de longo prazo à convivência plena na sociedade. “A deficiência só existe porque não há acessibilidade. O Conselho Municipal de Direitos das Pessoas com Deficiência vai ter o papel de, com o Executivo e o Legislativo, de que em todos as ações e os serviços prestados no município sejam adaptadas e acessíveis, contemplando a todos, o que fará com que as pessoas deficientes tenham igualdade de condições com as demais pessoas”, assinalou, reforçando que uma cidade acessível será útil a toda a população.

    Por fim, pediu a compreensão dos vereadores para que ao apreciar a minuta do projeto, acreditem na capacidade e no conhecimento de quem o elaborou. Destacou que o movimento pelos direitos das pessoas com deficiência não vai acabar com a criação do conselho. “O movimento é muito extenso e este é só o primeiro passo”, reiterou.

    Ressaltou que a deficiência é apenas mais uma característica da condição humana e que deve ser assim entendida dentro das políticas públicas.

     

    Foto: Acervo Google Imagens | Disponível em: www.ibipora.pr.gov.br

    Fonte: Assessoria de Imprensa