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21-08-2013

Representantes de entidades comentam a reunião pública para combater os maus-tratos aos animais

  • animais22

    A secretária de Saúde, Maria Regina Soar, parabenizou os vereadores pela iniciativa, afirmando que é desta forma que se constrói as políticas públicas municipais. “Todo debate responsável e consciente dos problemas que afetam a comunidade traz benefícios”, assinalou, informando que a construção do canil e do gatil em Blumenau é uma das prioridades da atual administração. “Estamos em busca de recursos para a conclusão das obras”, completou.

    O diretor de Vigilância em Saúde de Blumenau, Eduardo Weise, explicou as diferenças entre um centro de controle e zoonose e de um canil ou gatil. Informou que, por determinação do Ministério da Saúde, o centro de zoonose é vinculado à Vigilância Sanitária. “No centro de zoonose são feitos tratamentos, castração entre outros procedimentos. O canil é para onde são levados os animais abandonados”, disse.

    Weise sugeriu que se defina o objetivo da atuação que se pretende das ao espaço para adequar a estrutura do prédio. “Temos técnicos habilitados que podem assessorar”, ofereceu.

    O diretor do Bem-estar Animal, Eliomar Russi, explicou as atribuições da diretoria, criada em 1º de janeiro pelo prefeito Napoleão Bernardes (PSDB). Disse que trabalha em parceria com as ONGs de proteção aos animais e com a Polícia Ambiental. Informou o centro de zoonoses, cujas obras estão paradas desde 2011, vai se transformar no abrigo municipal de animais, com 20 canis, sala de procedimentos e área de isolamento para os animais doentes. “Toda a parte burocrática está pronta, mas precisamos de aproximadamente R$ 315 mil para finalizar”, revelou.

    Russi contou que a Diretoria do Bem-estar Animal recebeu 1.215 denúncias de maus-tratos, 90% dentro das casas onde vivem. “Desde total, 104 foram mutilados, 102 envenenados, 20 carbonizados e 10 baleados, além de 26 que foram atropelados e 284 que estavam doentes”, informou, defendendo punição maior para quem maltrata os animais. Informou ainda que a diretoria firmou convênio com a Furb para a castração e desenvolve campanhas educativas e de conscientização, citando a “Crueldade nunca mais”, realizada no último domingo (18).

    No final, convidou a população a participar das reuniões da Diretoria do Bem-estar Animal, realizadas nas segundas terça-feira do mês, no prédio da Vigilância Sanitária, na Rua Alwin Scharader, no Centro.

    O coordenador do Curso de Medicina Veterinária da Furb, Sílvio Negrão, defendeu a instalação de um centro de zoonoses, para respaldar e balizar as ações do canil e do gatil. Disse que o cidadão e a sociedade não podem se ausentar da questão dos maus-tratos aos animais. “por que existe tanta violência contra os animais” É porque estamos falhando. A própria população que cobra ações do poder público é a que abandona e maltrata os animais”, afirmou, acreditando que a impunidade incentiva a violência.

    Segundo ele, é preciso investir em uma estrutura de trabalho, não só física, mas também de profissionais capacitados. “É preciso criar um local, definir as ações e contratar profissionais”, sugeriu.

    O gerente regional da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) Luiz Carlos Moreira da Maia, explicou as atribuições do órgão público estadual e o colocou à disposição dos poderes públicos e das ONGs.

    A representante da ONG Hachi, Sueli Amaral, defendeu a criação de um parque, para as pessoas passearem com os animais, receberem orientações de como tratá-los e que a entidade possa desenvolver campanhas educativas e de conscientização. Camila Muniz Nodare, diretora-técnica da ONG Focinho Feliz, disse que o trabalho da entidade é educar as crianças para evitar os maus-tratos aos animais. “Conscientizar para a proteção e orientar sobre os cuidados”, explicou. Evelin Huscher, da Aprablu, elogiou a iniciativa da reunião, afirmando que foi um passo importante para colocar o tema na ordem do dia. “Mas é preciso avançar”, propôs. Contou que muitos animais são abandonados porque estão doentes e os donos não sabem o que fazer.

     

    Foto: Denner William/Agência Câmarablu

     

    Fonte: Assessoria de Imprensa