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28-03-2017

Representante do grupo Piracema de Apoio ao Bem Nascer fala sobre humanização do nascimento na tribuna livre

  • tribuna28marco17

    Na Sessão Ordinária desta terça-feira 28, a representante do grupo Piracema de Apoio ao Bem Nascer, Luciane D’Avila ocupou a tribuna livre para falar sobre a humanização do nascimento e da violência sofrida por mulheres durante o parto.

    Disse que o coletivo de mulheres existe há cerca de oito anos e que trabalham para a humanização do parto e como as mulheres se atentam as questões da gestação. Agradeceu ao “Movimento Praça Lilás” que surgiu a partir de uma necessidade de criação do Conselho de Políticas Públicas para Mulheres, que foi resultado de uma audiência pública realizada em 2016, na Câmara de Vereadores.

    Questionou a forma como as mulheres estão dando à luz aos seus bebês. Sustentou que uma pesquisa da Fiocruz entrevistou mais de 23 mil mulheres das redes pública e privada. Concluiu-se que na rede privada o número de cesárias chega a 88% e que na rede pública o número tem se mantido em 52%. Destacou o trabalho da Rede Cegonha na rede pública.

    “É importante destacar que o Hospital Santo Antônio conta com enfermeiras obstetras e conseguiu baixar consideravelmente o número de cesárias, abaixo do número máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde para cesarianas”, indagou.

    Comentou ainda a violência sofrida por mulheres no momento do parto e citou frases comuns ouvidas pelas gestantes. “São frases que constam em um relatório de 2012, elaborado pela Fundação Perseu Abramo, que se chama “Parirás com Dor”. Argumentou que uma em cada quatro mulheres sofrem violência no momento do parto, e que ela pode ser verbal, física, psicológica ou até mesmo sexual.

    Lembrou que Santa Catarina possui uma lei que tipifica violência obstétrica. “Acreditamos que a mulher deva ser protagonista da sua história e assim deve ter poder de decisão ao seu corpo, liberdade para dar à luz e acesso à assistência adequada”. Ponderou ainda que as mulheres precisam contar com o suporte de profissionais preparados para o momento pré-natal, parto e pós-parto.

    Ao final, disse que o Ministério Público Estadual possui uma campanha contra a violência obstétrica e falou da necessidade de uma Audiência Pública para que o tema volte a ser discutido na cidade de Blumenau.

    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB
    Foto: Jessica de Morais | CMB