Reitor da Furb esclarece medidas tomadas pelo Conselho Universitário em decorrência da falta de repasses do Fies
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O reitor da Universidade Regional de Blumenau (Furb), João Natel Pollonio Machado, ocupou a tribuna livre na sessão ordinária desta quinta-feira (30) para prestar esclarecimentos sobre as medidas tomadas pelo Conselho Universitário da instituição de ensino em virtude dos cortes do Governo Federal ao Programa de Financiamento Estudantil – FIES.
Segundo o reitor, entre as decisões do grupo estão a redução de cargos comissionados, das funções gratificadas e das atividades administrativas. Permanecem os serviços de ensino, pesquisa e extensão e as bolsas de estudos oferecidas pela Furb também serão mantidas. “Essas decisões permitiram a universidade reduzir, a partir de agosto, R$ 800 mil por mês, mas ainda temos que buscar R$ 600 mil, considerando que a expectativa é de que não ocorrerá repasse do Ministério da Educação até o fim do ano”, explicou Natel.
O reitor lamentou os cortes feitos pelo governo, dizendo que a educação passou a ser encarada como um gasto, e não como investimento. Na opinião dele, a situação compromete o futuro do país, pois a permanência e o ingresso de novos estudantes no ensino superior está cada vez mais difícil. Natel apresentou uma tabela com os valores pendentes até o dia 30 de junho. “Em relação ao Fies temos que receber cerca de R$ 21 milhões”, informou, explicando como funciona o crédito educativo.
O professor explicou o que vem ocorrendo desde o início do ano com o repasse do crédito, culminando nessa dívida para com a instituição. “Os estudantes que já tinham o contrato assinado, ao renovarem no semestre seguinte começaram a ter dificuldades e, principalmente, desculpas de todas as ordens. Os novos alunos que tinham a intenção de contratar o financiamento também passaram por dificuldades. Por isso, a Furb e demais entidades vem discutindo com o MEC um cronograma de pagamento dessas mensalidades”, explicou.
Diante dessa situação, ele explicou que a Furb decidiu manter nas salas de aula os estudantes que tinham o contrato anteriormente e os novos que tinham a expectativa de ingressar também. “São 3 mil estudantes na universidade que contrataram o financiamento, o que representa 25% total”.
Foto: Vivian Persuhn | CMB
Fonte: Assessoria de Imprensa CMB