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29-08-2013

Pronunciamentos dos moradores, vereadores demais autoridades sobre SC-108

  • pronunciamentos sc-108

    Vereadores

    Fiedler disse que todos os dias recebe moradores relatando os problemas de trânsito na região Norte. “Hoje temos a situação estabelecida: a real, a ideal e a possível. O trânsito na Itoupava Central traz insegurança e mortes. Esta é a realidade. O ideal é que conseguíssemos deslocar este trânsito da região central, sem interferir na comunidade local. O cenário possível é o que temos que tirar desta reunião”.

    A discussão sobre a pavimentação entre Blumenau e Pomerode, via Vila Itoupava, foi solicitada pelo presidente Vanderlei. O vereador lembrou que, daqui a pouco, a BR-470 será duplicada até Indaial. “A Ferrovia da Integração também terá que ser tema de futuras reuniões. Precisamos destes dois troncais, mas precisamos pensar nas ligações da região Norte, uma das que mais cresce na cidade. Não podemos esquecer de Luiz Alves, Pomerode, Guaramirim e outras cidades”, advertiu.

    Morador da região das Itoupavas, o vereador Jens Mantau (PSDB) apresentou dados de acidentes entre os dias 7 e 15 deste mês. Segundo ele, ocorreram 18 acidentes, com 21 feridos, três em estado grave e duas mortes. “No dia 8, tínhamos a marca de 30 dias sem morte nesta rodovia. Falo de vidas. Os moradores querem a SC-108. Pedimos a sensibilidade do governo do Estado”, assinalou.

    O vereador Marcos da Rosa (DEM), também morador da Itoupava, disse que os governos serão pautados pela opinião pública cada vez mais. “É necessário o envolvimento da comunidade. Agradeço por terem vindo aqui nesta noite. Se a comunidade não estivesse aqui, não sabemos o que os representantes políticos poderiam fazer”, afirmou. Segundo ele, as ações de segurança devem ser tomadas de acordo com as necessidades dos moradores. “O dinheiro do povo deve ser investido com planejamento”, sugeriu.

    Para o vereador Beto Tribess (PMDB), é preciso discutir o desenvolvimento de Blumenau e as cidades vizinhas. “Fizemos audiência pública para conversar sobre semáforos, rotatórias e lombadas. Hoje estamos discutindo a necessidade de termos outra via na região das Itoupavas, a continuidade da Via Expressa”. O vice-presidente da Câmara disse que o governo do Estado deve apresentar as propostas à comunidade e saber a opinião dela. “As urnas devem dar respostas aos prazos não cumpridos”, afirmou, agradecendo a participação de representantes do governo estadual na audiência.

    Ao final, o secretário de Desenvolvimento Regional, César Botelho, sugeriu que seja feita uma nova audiência ou reunião com a comunidade e com a presença de engenheiros que fizeram o projeto de prolongamento da SC-108. Disse que vai agendar para no máximo duas semanas. A previsão de entrega do projeto pela empresa contratada ao governo do Estado seria no final do mês de setembro. O presidente Vanderlei informou que os vereadores Marcos da Rosa, Jens Mantau, Fábio Fiedler e Ivan Naatz vão representar a Câmara no agendamento da nova audiência.

     

    Moradores e Codeic

    O presidente da Associação de Moradores da Itoupava Alta, Jefferson Keunecke, ressaltou que a comunidade não é contra o crescimento do bairro. “Somos contra projetos que não tenham embasamentos técnicos sólidos a médio e longo prazos. Só se planeja o que se mede”, sustentou, afirmando que os moradores precisam de projetos que atendam as necessidades da população.

    Keunecke ressaltou que a associação é contra os projetos dois e três. O que passa em cima da sede de Associação de Moradores Clube Corinthians, no local há quatro décadas, e o das alças de acesso que ficarão em cima da Escola Duque de Caxias.

    “Os dois projetos passam na maior concentração de habitantes da região, cerca de dois mil moradores. Trará muito risco de acidentes aos pedestres. Além disso, as empresas próximas têm aproximadamente 700 funcionários, que passam nestes trajetos”, lembrou, afirmando que não há projetos de impacto de vizinhança. Segundo ele, o governo do Estado não apresentou dados sobre o impacto ambiental.

    Informou que a comunidade é contra os dois projetos. “Queremos ser ouvidos. Por que o projeto inicial foi rejeitado? Por que não se realiza um estudo de impacto de vizinhança? E quais os benefícios que teremos para os bairros e para a cidade com estes projetos?”, indagou, afirmando que são áreas consideradas de altíssimo risco. “Tivemos grandes catástrofes em 2008. As previsões, todos sabem”, alertou.

    Segundo dados da Polícia Rodoviária e do Deinfra, em 2011, circularam aproximadamente 35 mil veículos todos os dias na rodovia SC-108. No mesmo ano, foram registrados 250 acidentes com vítimas, 236 no ano passado e, neste, 207.

    Já o presidente do Conselho de Desenvolvimento da Itoupava Central (Codeic), Leonardo Moser, salientou que a Pedro Zimmermann é tão importante quanto a SC-108. Conforme projeto, em 2017, estaria toda revitalizada. “Aqui ocorreram muitos acidentes, perderam-se muitas vidas, sem contar as perdas materiais”, lembrou, informando que a ordem de serviço para construção de seis retornos foi assinada no dia 29 de julho de 2009, mas somente dois foram concluídos até agora. “Queremos sair daqui com a certeza de que a Câmara vai cobrar os prazos das obras”, completou.

     

    Autoridades

    O secretário de Desenvolvimento Regional, César Botelho, disse que vai tentar uma alternativa para atender as reivindicações e se colocou à disposição da comunidade. “Se preciso, vamos trazer a empresa que está fazendo o projeto para conversar”, propôs. Lembrou que o Anel de Contorno e o prolongamento da SC-108 foram obras apontadas pelo Médio Vale do Itajaí como prioridades.

    “O programa ‘Pacto por Santa Catarina’ inclui estes dois projetos. No primeiro momento se falou em R$ 250 milhões para a SC-108. O projeto inicial ia até Luiz Alves. Algumas passagens iriam encarecer demais o projeto. E pela vontade de ver solucionado o problema e não perder os recursos, decidiu-se que a duplicação ia só até o pé do morro da Vila Itoupava”, explicou.

    Botelho lembrou que ainda não foi feita uma audiência pública sobre o projeto e que o edital de licitação só pode ser lançado após a audiência pública. “Acho que erramos. Viemos a Blumenau e apenas apresentamos o projeto na Acib. Deveríamos ter apresentado o projeto aqui, para a comunidade”, admitiu, informando que o primeiro projeto de prolongamento da SC-108 não avançou por falta de recursos e o segundo por dificuldade de acessar alguns imóveis.

    O vice-presidente da Associação Empresarial, Avelino Lombardi, disse que as cidades precisam ser planejadas a longo prazo. “O planejamento aqui não pode ser somente da SC-108, pavimentação de trechos. É preciso pensar tudo. Quando a Altona se instalou na Itoupava Seca não se imaginava que aquela via se tornaria um corredor central”, exemplificou.

    Para o vereador de Luiz Alves, Marcos Pedro, é preciso pensar em obras regionais para melhorar a mobilidade. Lembrou que a cidade será afetada pela pavimentação entre Pomerode e Blumenau. “Todos os nossos acessos por Massaranduba não são pavimentados. Em Blumenau, pelo Belchior, também não. Temos várias empresas. Não somos mais uma cidade do interior”, disse.

    Representando a Prefeitura de Pomerode, o engenheiro Maurício Weigan advertiu para a necessidade de planejar a região. Precisamos fazer esta região crescer, mas com cuidado”, completou.

     

    Foto: Denner William | Agência Camarablu

    Fonte: Assessoria de Imprensa