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03-12-2019

Programa de organização de coletivos de trabalhadores desenvolvido pela Incubadora de Cooperativas Populares da Furb é apresentado aos vereadores

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    O professor do Departamento de Ciências Sociais e Filosofia da Furb, Valmor Schiochet, integrante da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da universidade, ocupou a tribuna livre, na sessão desta terça-feira (3) para falar sobre o trabalho desenvolvido pela incubadora e sobre economia solidária.

    Destacou que estava representando um grupo de trabalhadores que fizeram a opção por um trabalho coletivo, associativo e colaborativo, que tem buscado enfrentar as dificuldades por meio da solidariedade. “São pessoas que produzem, comercializam e organizam sistemas financeiros comunitários e assim promovemos a sustentabilidade e a inclusão”, afirmou, assinalando que falava também em nome de estudantes, professores e da universidade ao apresentar o projeto da incubadora que já tem 20 anos.

    Explicou que a experiência das incubadoras tecnológicas na promoção do empreendedorismo já é bem conhecida no Brasil. “Nós utilizamos essa experiência para promover uma interação com a comunidade mais carente e vulnerável e com o apoio da universidade, do ponto de vista do conhecimento cientifico e tecnológico poder dialogar com as comunidades e auxiliar no processo de organização dessas comunidades”, assinalou, lembrando que o trabalho da incubadora é reconhecido no Estado e nacionalmente.

    Destacou que a primeira cooperativa incubada foi a Coopertran, em 1999, que reúne trabalhadores das empresas de transportes e terraplanagem. “Hoje a Coopertran é uma cooperativa consolidada que presta serviços para a prefeitura e antes era um grupo de trabalhadores em condições de precariedade”.

    Destacou também que veio à Câmara pedir o apoio dos vereadores para implementar uma política que apoie essas inciativas de organização dos trabalhadores em coletivos. Ressaltou que a incubadora tem outras experiências positivas, tendo desenvolvido recentemente um trabalho como egressos do sistema prisional, constituiu uma cooperativa na área de engenharia civil, além de desenvolver um importante trabalho junto a “Enloucrescer”, a associação que tem demonstrado a importância da política psicossocial. Também ressaltou o trabalho desenvolvido junto a trabalhadores de produção artesanal, essencialmente mulheres, que se organizam na produção e na comercialização de seus produtos.

    Comentou ainda sobre a experiência com a permacultura, colaborando e assessorando a implementação de uma composteira no condomínio Passo Manso para promover a agricultura urbana e estimular a produção de plantas medicinais.

    Disse que o grupo de estudantes que colaboram com a incubadora está criando um empreendimento solidário. “Será uma cooperativa oferecendo quatro serviços, a partir dos princípios da economia solidária”, explicou.

    Reiterou da importância do Legislativo propor uma agenda em favor de uma política municipal de apoio à economia solidária “para que além da universidade, também o Município tenha a disposição de interagir e assim fortalecer o processo para a inclusão dos nossos trabalhadores no processo produtivo de forma cooperativa e solidária”.

    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB
    Foto: Lucas Prudêncio | Imprensa CMB