Página principal
23-02-2015

Palestra mostra prejuízos do álcool a economia

  • IMG_0072_destaque

    Você sabia que o uso do álcool impacta economicamente a saúde pública e a assistência social? Marciano Tribess, especialista em Dependência Química e Comunidade Terapêutica, apontou pesquisas que mostram que os prejuízos causados pela substância representam cerca de 7,3% do PIB brasileiro, por ano.

    O dado foi apresentado nesta segunda-feira (23), durante palestra, promovida pela Escola do Legislativo Fritz Müller, da Câmara de Vereadores de Blumenau. O encontro também fez referência a Semana Municipal de Combate ao Alcoolismo, que foi instituída através de uma lei de autoria do atual presidente da Casa, Mário Hildebrandt, e é comemorada entre os dias 18 e 24 de fevereiro.

    O evento foi promovido em parceria com a Cruz Azul no Brasil, organização cristã que ajuda dependentes de álcool e outras drogas. O palestrante ressaltou que o álcool é uma substância antiga. “Quando se fala de álcool, não estamos falando de uma substância que acabou de aparecer. Sabemos que os egípcios já tinham domínio sobre cerveja e vinho quatro mil anos antes de Cristo”.

    Marciano destacou que o governo federal liberou para 2015 R$220 milhões para ser investido em prevenção e tratamento de dependência química. “Em 2003, uma marca de cerveja investiu em uma propagando R$120 milhões. E esta propaganda se resumia numa só palavra: experimenta. Então, este investimento público é pífio perante os milhões de reais que esta indústria movimenta”.

    Salientou que este é um dos produtos que mais mata no mundo e que, mesmo assim, Blumenau continua incentivando o consumo de bebidas alcóolicas, principalmente em festas. “Temos que descaracterizar a Oktoberfest de sinônimo de chope. A festa pode ser danças, culinária e vestimenta germânica. Muitas coisas boas”.

    Falou sobre a relação feita entre cerveja e mulher. Apontou que as propagandas estão tão avançadas que não é mais preciso usar o corpo em si. “Nós já estamos formatados, ensinados que existe alguma relação”. E apresentou comercial para comprovar a tese.

    Citou que 12% da população brasileira abusa do álcool. “São cerca de 200 milhões de habitantes no país. Ou seja, mais de 20 milhões de pessoas”. Comentou que se deve evitar ao máximo que o adolescente tenha contato com a bebida, pois este é o período mais crítico. “Quando pensamos álcool há 50 anos não era um grande problema. Ele se tornou um problema depois da revolução industrial. E hoje é um problema entre os jovens”.

    Concluiu que este é o caso deve ser discutido em sociedade. “Não vamos acabar com o álcool, mas temos que encontrar políticas públicas que amenizem a situação”.

    Foto: Renan Olaz / CMB 

    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB