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31-03-2014

Há 50 anos o Brasil mergulhou na escuridão da ditadura militar por longos 21 anos

  • ditadura-evandro-teixeira-2013-10-24[1]

    Nesta segunda-feira, 31 de março, faz 50 anos do golpe militar que derrubou o governo democrático de João Goulart. Por muitos anos, sob o comando dos militares, a data na escolas era lembrada como a “Revolução de 1964”, com a clara intenção de amenizar o episódio que terminou com o estado democrático de direito e impôs à população brasileira a um regime ditatorial que durou longos 21 anos.

    Período que ficou conhecido também como “anos de chumbo”. Nele muitos brasileiros que lutaram contra o regime autoritário dos militares, tiveram seus direitos políticos cassados e nos porões da ditadura conheceram a tortura e a morte.

    Pelo Brasil afora os 50 anos do golpe militar estão sendo lembrados com o objetivo de contar uma parte da história do Brasil às gerações que não tiveram a oportunidade de conhecer com fidedignidade as informações sobre o golpe. Porém, a “rememoração” dos 50 anos do golpe tem mais o sentido de ressaltar que a democracia e a liberdade de escolhas da população são o grande patrimônio de um país.

    A Assembleia Legislativa de Santa Catarina vai promover um ato solene com o tema “50 anos da ditadura militar, para que isso nunca mais aconteça”, na próxima terça-feira (1º), às 19 horas, no Auditório Deputada Antonieta de Barros. Na oportunidade vai homenagear o diretor da Câmara de Vereadores de Blumenau, José dos Reis Garcia, que foi preso político durante o regime militar.

    O evento foi proposto pela deputada estadual Luciane Carminatti (PT) e é uma iniciativa do Instituto Paulo Stuart Wright. Na ocasião haverá também o lançamento do livro “Notas de um desaparecido – Paulo Stuart Wright” e a reedição da exposição fotográfica “Dos filhos deste solo”. A presidente do Instituto, Regina Soares, disse que o objetivo é tornar a exposição itinerante. “Estamos em contato com algumas Câmaras municipais para levar a mostra, cujo planejamento cronológico ainda está sendo organizado”, destacou.

    Desaparecido

    Catarinense, natural de Herwal do Oeste, Paulo Stuart Wright, filho de norte-americanos, foi deputado estadual eleito para a legislatura 1963-1967. Foi cassado pelo Ato Institucional AI-5, em 1964, e exilado no México. Voltou clandestinamente ao Brasil, lutando no movimento de resistência à ditadura “Ação Popular”, sendo preso em 1976. Até hoje figura como um dos desaparecidos políticos, vítima da ditadura militar.

    Foto: Evandro Teixeira

    Fonte: Assessoria de Imprensa CamaraBlu