Página principal
14-05-2014

Fim da escravidão no Brasil completa 126 anos e é lembrada no parlamento municipal

  • vanderlei_abolicao

    Durante o processo de colonização do Brasil (1500-1822), os portugueses foram à busca de pessoas negras no continente africano para submetê-las ao trabalho escravo. Apenas em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, foi abolida definitivamente a escravidão no País. A data, em comemoração aos 126 anos da abolição da escravatura, foi lembrada pelo presidente da Câmara de vereadores de Blumenau, Vanderlei de Oliveira (PT).

    O parlamentar disse que durante 350 anos o Brasil recebeu homens, mulheres e crianças oriundos da África, para trabalhar no País como escravos. “Quem acompanhou a história sabe que pouco foi feito pra corrigir esse erro histórico. Mas algumas das políticas inclusivas foram desenvolvidas na última década”, declarou Vanderlei.

    Há 11 anos, o Governo Federal adotou nas universidades um sistema de cotas raciais, a fim de possibilitar o acesso ao Ensino Superior público e gratuito aos estudantes negros. Vanderlei recordou essa ação como uma das formas de compensar aqueles que construíram os alicerces do Brasil.

    Ao contrário do que alegam alguns opositores da política de cotas, de acordo com o parlamentar, o sistema deu certo porque seus beneficiados são competentes. Segundo dados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a diferença na nota de corte entre os candidatos convencionais e os cotistas ficou próxima de 3%, distância que é superada no decorrer do curso. “Estudos apontam que os alunos que ingressaram na universidade por meio do sistema de cotas tiveram performance melhor do que os não beneficiados”, pontuou Vanderlei.

    Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial

    Em março deste ano, a diretoria do Movimento de Consciência Negra de Blumenau Cisne Negro esteve reunida com o presidente Vanderlei de Oliveira e entregou um pré-projeto de lei que cria o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial. A ideia é combater o racismo e a discriminação racial, desconstruir preconceitos e reduzir as desigualdades raciais, inclusive nos aspectos educacional, econômico, financeiro, social, político e cultural. A iniciativa foi encaminhada ao Poder Executivo como anteprojeto e agora aguarda resposta para tramitar no legislativo e ser instituída.

    Foto: Renan Olaz | Agência CamaraBlu

    Fonte: Assessoria de Imprensa CamaraBlu