Escola do Legislativo e DNIT fazem evento sobre educação para o trânsito

• 

  A Escola do Legislativo Fritz Müller da Câmara de Blumenau, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), promoveram, na tarde desta quarta-feira (20) o Workshop “Os Desafios da Educação para o Trânsito em um processo de construção coletiva” no Plenário da Câmara Municipal.

  O objetivo do workshop foi debater e socializar metodologias que proporcionem aos educadores o ensino sobre a segurança no trânsito para crianças e adolescentes de maneira transversal. Participaram do evento órgãos fiscalizadores do trânsito, como policiais rodoviários, agentes de trânsito, também educadores, professores, diretores de escolas e representantes de autoescolas.

  A assessora da Escola do Legislativo Fritz Müller, Patricia Lopes Turcati, explicou que esta parceria vem ao encontro de muitos outros eventos que a escola realiza sobre a educação para o trânsito, como participante do Movimento Maio Amarelo e também na qualificação de multiplicadores do movimento.

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  A primeira palestra teve como tema “O desafio da transversalidade na composição de práticas pedagógicas na educação para o trânsito”, com a designer educacional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/ LabTrans/UFSC), da área de educação para o trânsito, Irene Rios. Ela fez uma reflexão sobre as atitudes das pessoas no trânsito e também apontou o que causa a violência no trânsito, ressaltando os números crescentes de acidentes de trânsito e os mais diversos tipos de infrações cometidas diariamente, como excesso de velocidade e uso de celular ao volante. “É necessário as pessoas se conscientizarem sobre o que cada um pode fazer para que tenhamos um trânsito melhor”, apontou, mostrando algumas formas de trabalhar este tema em sala de aula e na escola de maneira transversal, sem interromper o conteúdo curricular.

  Logo após, a designer educacional no Laboratório de Transportes e Logística (UFSC/DNIT) – Educação para o Trânsito, Maeli Faé, abordou em sua palestra o desenvolvimento de habilidades e competências na construção de atividades educativas para o trânsito e a relação com a Base Nacional Comum Curricular. Em matéria de transversalidade, ela apontou que é uma questão nova e que foi implantada com os Parâmetros Curriculares Nacionais em 1997. Opinou que para ela acontecer são necessários o envolvimento e a ajuda da comunidade externa e vice-versa.

  “O professor tem um currículo para seguir e às vezes têm dificuldades para trabalhar o tema trânsito dentro da escola. Na sala de aula, se trabalha com os livros, mas precisamos ir além e compreender o que está no entorno. Dentro dos PCNs, o tema trânsito é trabalhado como uma questão local e emergencial, pois as comunidades é que têm que perceber esta importância e a educação estar junto, trabalhando esses conteúdos. As diretrizes do Denatran trabalham com conceitos de lugar, de cidade, que também devem ser trabalhados nas disciplinas”, apontou, reforçando que a transversalidade tem como norte a cidadania e que enfatiza valores, atitudes e práticas sociais. As palestrantes trouxeram alguns exemplos de atividades para trabalhar em sala de aula que contemplam conteúdos da Base Curricular e do trânsito.

  Por fim, o professor pesquisador Jorge Hermenegildo, juntamente com as palestrantes Maeli Faé e Aline Martins, apresentaram o Projeto do DNIT, em parceria com o Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina. Ele apontou que esse encontro em Blumenau tem relação com um trabalho já iniciado em 2007, pelo DNIT, com a adesão de algumas escolas da cidade, onde foi criado um projeto piloto no qual os professores passaram por formações continuadas e receberam um material impresso de editoras para o desenvolvimento de atividades transversais na sala de aula e que contemplavam também a importância do envolvimento da comunidade.

  Segundo o professor, esse encontro recente serviu para retomar com o município este trabalho, discutindo as alternativas que se tem hoje e também apresentando um novo modelo que deve ser trabalhado neste novo projeto, abrangendo 10 estados no país, com o mesmo material paradidático de educação para o trânsito. “Este novo modelo do projeto visa criar um sistema de sustentabilidade com a participação de professores do Ensino Fundamental, do 1º ao 9º ano, onde vão desenvolver as atividades e receber através de um aplicativo, não precisando mais do material impresso e não gerando custos maiores para o DNIT. Além disso, vai promover a interação com outros profissionais e o compartilhamento de ações”, assinalou.

  Ele complementou que a intenção do projeto é salvar vidas. “Nós queremos criar uma alternativa de mudança cultural e de educação para o trânsito, especialmente nas comunidades lindeiras, que são aquelas que estão em um raio de 2 km das rodovias federais, onde o índice de acidentes e mortes é altíssimo”, salientou, apresentando algumas estatísticas de mortes no trânsito nas rodovias do país em 2017.

  Fonte: Assessoria de Imprensa CMB com informações da TV Legislativa
  Fotos: Jessica de Morais | Imprensa CMB