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23-05-2013

Engenheiro Juliano Gonçalves fala sobre Plano Diretor

  • O conselheiro do Crea e engenheiro Juliano Gonçalves ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores para falar sobre o Plano Diretor de Blumenau. Afirmou que a classe técnica não se opõe aos vereadores em relação às alterações feitas. “O projeto de lei apresentado pelos vereadores Robinsom Soares (PSD) e Célio Dias (PR) rendeu uma série de debates nos veículos de comunicação. Algumas pessoas muito capacitadas falaram sobre o assunto, mas outras disseram coisas que não procedem”, definiu.
    Gonçalves ressaltou que não há um consenso entre os técnicos sobre como proceder em relação ao assunto. “Muitos se orgulham de, neste processo, ter gerado empregos e renda, isso é de suma importância. Mas, os trabalhadores que botam tijolo por tijolo são excluídos do processo de escolha e até de morarem onde construíram”, destacou, afirmando que o  Conselho de Planejamento Urbano (Coplan) não é um órgão técnico. “Muito se falou que é, mas não é. Ele tem representantes técnicos, como tem de muitos ramos da sociedade, mas não tem de todos. A Câmara de Vereadores sim, representa a todos. Desde o empresário mais rico até o trabalhador comum”, argumentou.
    O engenheiro explicou ainda a diferença entre plano e projeto. “Muita gente confunde mas são completamente diferentes. O plano não é algo muito técnico, é social. São diretrizes sem muitos detalhes, para nortear o que será feito. O projeto sim, é extremamente técnico e detalhado”, explicou, lembrando que, quando extinto, o Ipub já não funcionava bem. “Em vez de modernizá-lo, optaram simplesmente pela extinção”, criticou. Para Gonçalves, é necessário se restabelecer o tripé: a arte técnica, por meio do Ipub, que pode ressurgir com outro nome; a social, por meio de conselhos municipais e audiências públicas., e a parte política, que está melhor que as outras.