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04-12-2015

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é tema da Tribuna Livre

  • tribuna-livre-03-12-15

    A presidente da Associação Blumenauense dos Deficientes Físico (ABLUDEF) e vice-presidente da Comissão dos Direitos e Defesa dos Portadores de Deficiência e Patologia do Vale do Itajaí (CODEPA), Maria Helena Mabba, ocupou a tribuna para falar sobre o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A data criada para estimular a reflexão sobre os direitos dos deficientes é comemorada no dia 3 de dezembro desde 1992. “Todos nós estamos vivos, todos nós temos barreiras. Portanto, não é um dia para nos escondermos”, esclareceu.

    Hoje a ABLUDEF conta com 1746 pessoas cadastradas. Este número aumenta diariamente. A estimativa é que de 1 a 10 pessoas ficam deficientes físicas por dia. O principal causador é o acidente de trânsito seguido pelo acidente vascular cerebral (AVC). “Quem tem diabete ou hipertensão também pode ficar com deficiência física ou visual”, complementou Maria Helena. Segundo estatísticas do IBGE, cerca de 24% da população brasileira é deficiente.

    Maria Helena lembrou que apesar das leis existentes para garantir a acessibilidade, os deficientes ainda enfrentam dificuldades. “As leis que existem não são bem cumpridas e cobradas. A culpa é nossa que não cobramos. Se você não aparece, se você não fala, não vai atrás dos seus direitos, as coisas não acontecem”, enfatizou.

    Outro assunto abordado foi o preconceito existente nas famílias dos deficientes. Maria Helena explicou que muitas famílias escondem ou protegem demais a pessoa com deficiência. “Neste caso, a pessoa que é deficiente tem que se impor para poder sair, namorar, passear, casar, trabalhar, estudar”, salientou.

    Ao final, a representante da ABLUDEF e da CODEPA agradeceu a Câmara de Vereadores pela oportunidade de abordar o assunto nesta data. Maria Helena também fez um convite aos órgãos públicos e administrativos da cidade. “Procurem conhecer as entidades que existem em Blumenau. A gente tem muitas dificuldades, especialmente de acessibilidade. Como vou pegar o ônibus se ninguém oferece a vaga do assento preferencial e se o motorista e o cobrador não querem baixar o elevador?”, concluiu.

    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB

    Foto: Vivian Persuhn | CMB