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26-07-2016

Crimes de discriminação religiosa são tema da Tribuna Livre do Legislativo

  • tl 26072016

    Os crimes cometidos por preconceito religioso registrados no país foram assunto da Tribuna Livre desta terça-feira (26). O assunto foi abordado pelo presidente da Associação Brasileira de Escritores Afro-religiosos (Abeafro), Ademir Barbosa Júnior, que denunciou comentários criminosos feitos em uma reportagem publicada pelo ‘O Blumenauense’ na internet.

    A matéria abordava a participação da Tenda de Umbanda Iansã Matamba e Caboclo Jiboia no Colégio Luiz Delfino. Ele relatou que os comentários criminosos provocaram um boletim de ocorrência, um registro no Disque 100 e também a abordagem do assunto na Tribuna Livre da Câmara.

    “Embora em Blumenau não tenhamos registros de crimes religiosos fora da internet, nós não permitimos que nossos filhos tivessem acesso à escola por duas semanas por medo de agressão. É muito comum crianças de religiões de matrizes africanas serem discriminadas na porta das escolas”, relatou. Ele ainda pediu que os professores e cidadãos se informem sobre essas religiões para não repassarem informações incorretas.

    Ademir também lembrou que a Câmara de Vereadores de Blumenau aprovou, por unanimidade, a lei que instituiu o Dia da Umbanda no município, celebrado no dia 15 de novembro. “Não desejamos uma bancada umbandista. Queremos representantes na política que sejam católicos, judeus, agnósticos, ateus ou umbandistas. Estamos aqui para dialogar. Nós estamos com as portas abertas na rua Rodeio, número 28, casa 2”, assinalou.

    O presidente da Associação Brasileira de Escritores Afro-religiosos também convidou os parlamentares e a comunidade para participarem da Manifestação pela Paz que vai ser realizada no dia 21 de agosto, na Praça Doutor Blumenau. “Não queremos ver agressões físicas ou psicológicas. Quando se agride um irmão, além de se faltar com a caridade que é pregada em todos os centros, está se faltando também com a lei. As regras de convivência e cidadania de todas as religiões são as mesmas. A única coisa que muda são as formas de celebração”, finalizou.

    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB

    Foto: Jessica de Morais | CMB