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03-07-2014

Corrupção é tema de palestra da Escola do Legislativo Fritz Müller

  • palestra 2 escola do legislativo

    A Escola do Legislativo Fritz Müller realizou na noite desta quarta-feira (2), a palestra “O que eu tenho a ver com a corrupção?”, proferida pelo promotor de Justiça do Estado, Henrique da Rosa Ziesemer, que desde 2013 coordena a campanha de mesmo nome no Estado. Vereadores, servidores públicos, representantes de associações de moradores, estudantes e profissionais de diferentes áreas acompanharam a palestra.

    Os vereadores de Ilhota, Lavino Miguel Nunes, Paulo Vilmar Batista e Almir Anibal de Souza também estiveram presentes. O evento contou ainda com o conselheiro da OAB Subseção de Blumenau, Romualdo Paulo Marchinhacki.

    O promotor, que desde 2013 coordena a campanha de mesmo nome no Estado, disse que a mesma iniciou no município catarinense de Chapecó há 10 anos e rapidamente ganhou Santa Catarina, o Brasil e também o exterior. “No ano passado foi apresentada na Conferência das Organizações das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque”, comentou, destacando que o tema “corrupção” diz respeito a muitos países e culturas, não é exclusivamente um problema da cultura brasileira.

    Ele ressaltou que inicialmente é preciso desmistificar de que a corrupção está apenas atrelada aos agentes políticos e às instituições políticas e públicas. Explicou que por meio da campanha, o Ministério Público buscou aproximar o tema da comunidade, para que as pessoas reflitam sobre suas atitudes em casa, na família, nos espaços coletivos e na vida social no dia a dia. “Os atos de corrupção estão muito mais perto de nós do que nós imaginamos”, ressaltou.

    Disse que indistintamente atitudes de corrupção são vivenciadas em todas as classes sociais e em todas as categorias profissionais. “O povo brasileiro, nós todos, temos por via de regra em não aceitar o cumprimento de regras”, assinalou, destacando que todos são responsáveis pelos rumos norteados tanto na vida privada, quanto pública. “Não há diferença entre o que corrompe e o que é corrompido, entre o que suborna e o que é subornado, porque ambos descumprem as regras”, complementou.

    Henrique da Rosa exemplificou que a corrupção pode ser inserida na escola, na fila de ônibus, no trânsito ou quando estacionamos em vaga de portadores de necessidades especiais. “Quando aceito quebrar uma regra que julgo menor, eu banalizo o mal e passo a legitimar a corrupção. Se aceito a quebra da regra menor, aceito o mal em si, e passo a aceitar o mal maior”.

    O promotor ressaltou também que a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”, é educativa e explicativa. Disse que Ministério Público não tem a intenção de colocar o dedo no nariz de cada cidadão ou entidade, mas que também a instituição pode ser questionada, cobrada e fiscalizada. “Cada um deve fazer a sua parte de forma individual e coletivamente”, salientou, reforçando que é importante que o cidadão participe da vida pública e política, não necessariamente da política partidária, para contribuir para a construção de uma sociedade mais ética.

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    Foto: Renan Olaz Agência Câmarablu

    Fonte: Assessoria de Imprensa