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28-08-2013

Comissão Especial do Centro Histórico faz reunião ampliada para discutir ações conjuntas

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    A Comissão Especial de Revitalização do Centro Histórico da Câmara de Vereadores realizou nesta terça-feira (27), no plenário, reunião ampliada para discutir propostas e ações. Participaram do encontro representantes de entidades de classe de Blumenau, de órgãos públicos, da Furb e do Clube Náutico América.

    O presidente da Câmara, Vanderlei de Oliveira (PT), abriu a reunião destacando a importância dela na busca de soluções conjuntas para o centro histórico. Informou que os vereadores conversaram informalmente com um juiz federal e formalmente com o Ministério Público Federal, que analisam o processo sobre o Edifício América.

    “Considero muito importante esta reunião com especialistas e entidades de classe para recolocar o centro histórico na pauta de Blumenau e tentar encaminhar uma solução conjunta para a área”, afirmou, informando que, após a conclusão dos trabalhos, a comissão especial vai incluir o Executivo municipal no processo. “Queremos que este tema seja uma política de Estado, e não de governo, que muda de acordo com o projeto político do prefeito de plantão”, defendeu.

    O presidente da comissão especial, vereador Beto Tribess (PMDB) faz um balanço das ações realizadas pela comissão especial desde a instalação, no início de junho. Contou também que a comissão já se reuniu com o secretário de Turismo, Ricardo Stodieck, para pedir apoio ao projeto e com o Conselho Municipal do patrimônio Histórico.

    “Na semana passada, os vereadores da comissão especial visitaram alguns espaços que integram o patrimônio histórico arquitetônico de Blumenau para conhecer as condições desses locais”, informou.

     Depoimentos 

    A diretora do Arquivo Histórico, Sueli Petry, lembrou que a revitalização do centro histórico começou a ser discutida em 2000, no ano em que Blumenau comemorava 150 de fundação. “Naquele ano começamos a discutir o resgate histórico e a revitalização do centro, com o restauro do antigo porto, por meio da urbanização das margens do Rio Itajaí, construção do píer e a reurbanização da Praça Hercílio Luz. Mas infelizmente este projeto não prosperou”, lamentou.

    A diretora do Instituto Histórico de Blumenau, Ana Maria Ludwig Moraes, abordou a ideia de realizar seminários para discutir a história, a memória, a antropologia e uma agenda cultura para a cidade. “Conversando com o reitor da Furb, João Natel, ele sugeriu uma agenda cultural permanente, para não ficar limitado a seminários. Precisamos ir além da revitalização para preservar a história e a memória de Blumenau”, propôs.

    Charles Schwanke, representando a Associação empresarial, parabenizou a iniciativa da Câmara de Vereadores de mobilizar a sociedade blumenauense para se discutir a revitalização do centro histórico e o resgate da memória da cidade. “Concorda que a proposta seja uma política de Estado para que não se repita o que foi feito com o Projeto Blumenau-2050, que está praticamente abandonado. Tempo e dinheiro desperdiçados”, apontou.

    Para o representante do Sindilojas, Emílio Schramm, a proposta só terá sucesso se forem criados incentivos fiscais para a revitalização do centro histórico. O ex-vereador Carlos Braga Müller disse que é uma iniciativa que precisa ser comunitária. Sobre o Edifico América, lembrou que era um sonho dos associados e lamentou a situação atual. Segundo Inácio Negherbon, do Sindicato dos Hotéis, Blumenau está parada desde 2000. “A situação do Edifício América é uma vergonha. Muito se fala, mas nada é feito para resolver o problema”, reclamou.

    O presidente da Câmara de Dirigentes Lojista, Paulo Cesar Lopes, parabenizou a iniciativa e disse que é um projeto a longo prazo, que deve unir todos para tirar as ideias do papel. “Faltam políticas públicas de turismo no Brasil, o setor que mais cresce no mundo. Fico triste em constatar o estado lastimável do centro histórico”, confessou.

    Alfredo Kroppel, vice-presidente do Sindicato dos Hotéis, rejeitou a proposta de transformar o Edifício América em um hotel, por ser inviável. “O investidor vai querer instalar o hotel numa área onde há acesso a ônibus de turismo e estacionamento”, justificou. Para o representante do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Bráulio Schlagel, é preciso planejar a cidade. Já Félix Theiss Júnior, do Clube Náutico América, disse que deve-se elaborar projetos afim de buscar recursos “para mostrar o potencial turístico de Blumenau”.

     

    Foto: Denner William/ Agência Câmarablu

    Fonte: Assessoria da Imprensa