Página principal
11-07-2013

Comissão Especial da rua Emil Wehmuth se reúne o com o secretário de Defesa do Cidadão

  • comissao

    A Comissão Especial de Acompanhamento dos problemas da Rua Emil Wehmuth, no bairro Velha Grande, realizou na manhã desta quarta-feira (10) a terceira reunião, desta vez com a presença do secretário de Defesa do Cidadão, Marcelo Schrubbe. Na pauta do encontro, a situação das famílias que estão nas áreas de risco.

    Atualmente, 47 famílias estão em situação de alto risco e 103 em risco. Para que a Secretaria de Desenvolvimento Social possa cadastrar essas pessoas e incluí-las em programas de habitação, é necessário que a situação de risco seja mudada.

    Na opinião de Schrubbe, o realocar essas famílias seria uma das melhores soluções no momento, afirmando que a secretaria está entre os moradores e o Ministério Público. “A lei, infelizmente, não os ampara. O que não podemos é chegar lá, dizer que a casa será demolida e não apresentar uma solução, um local para onde estas famílias possam ir”, argumentou. O diretor de Geologia, Análise e Riscos Naturais da Prefeitura, Maurício Pozzobon, disse que o grande desafio da administração municipal é a ocupação desordenada.

    Pozzobon afirmou que por não ter acontecido uma tragédia no local em novembro de 2008, não quer dizer que não possa vir a acontecer. Para ele, há dois caminhos possíveis: consolidar geotecnicamente ou realocar as famílias. Explicou que o risco significa probabilidade de um evento perigoso, como escorregamento e enxurrada. O diagnóstico feito na rua Emil Wehmuth apresentou solo de baixa resistência e ausência de canais de drenagem. “A geologia de Blumenau é complexa. São diferentes tipos de rochas e relevos. Mesmo com todos os recursos humanos e financeiros, não vamos conseguir resolver a curto prazo”, admitiu.

    Para o relator da Comissão Especial, vereador Marcos da Rosa (DEM), não adiantaria neste momento fazer um novo laudo da área. “A conclusão foi técnica. Seria necessário fazer um trabalho conjunto entre as secretarias para realocar as pessoas que estão em risco”, apontou, dizendo que investir na região terá um custo muito alto. Segundo ele, é mais barato e mais seguro colocar essas famílias em apartamentos.

    Schrubbe disse que o laudo apresentado levou em conta condições mínimas de habitação e, se outro for feito, com certeza, levará em consideração condições ideais de habitação. “O resultado poderá ser pior”, previu, lembrando que após a relocação das famílias, o desafio da Prefeitura será garantia a não ocupação do local novamente.

    O presidente da Comissão, vereador Adriano Pereira (PT), sugeriu que seja feita uma reunião da Geologia com a comissão de moradores da rua para apresentar as possíveis soluções. Propôs também que os moradores tenham acompanhamento psicológico e a busca de possíveis terrenos para construção de moradias, caso seja necessário realocar todos os moradores.

    Reuniões

    Realizada em junho, um dos principais assuntos debatidos na primeira reunião foi o laudo emitido pela Defesa Civil de Blumenau e Ministério Público, atestando que 47 famílias teriam que sair da região por instabilidades no solo. Há aproximadamente 150 residências no local. A Comissão Especial decidiu agendar reunião com a Secretaria de Desenvolvimento Social para solicitar novo laudo. No total, mais de 290 deslizamentos já foram registrados na cidade.

    A segunda reunião, no dia 3 de julho, com representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social, abordou a atual situação da localidade. Foi informado que a Prefeitura estudava a possibilidade de criar um aluguel social, pelo prazo máximo de dois anos, destinado às famílias que estão em área de risco e querem sair do local.

    Comissão:

    Presidente: Adriano Pereira (PT);

    Relator: Marcos da Rosa (DEM);

    Membros: Maurício Goll (PSDB), Ivan Naatz (PDT) e Oldemar Becker (MD).

    Foto: Denner William/Agência Camarablu.

    Fonte: Assessoria de Imprensa.