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28-10-2015

Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB/SP utiliza a tribuna para abordar a proibição do patê foie gras

  • foiegras

    A advogada Sandra Lopes, membro da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB/SP e gerente de políticas alimentares do Humane Society Internacional (HSI), usou a tribuna para pedir a proibição da produção e comercialização do patê foie gras. O patê de fígado de pato e ganso tem o nome em francês que significa ‘fígado gordo’. A produção é feita através da alimentação forçada dos animais. “O objetivo é causar nos animais uma patologia, uma doença, que se chama esteatose hepática, ou seja, uma degeneração gordurosa”, explicou Sandra.

    A alimentação forçada ocorre entre a 10ª e 14ª semana de idade quando o animal recebe cerca de 400 a 900 g de alimento, de 2 a 3 vezes ao dia, através de uma cânula. Para que isso aconteça, os animais são confinados em pequenas gaiolas o que provoca padrões de comportamento repetitivos como balançar a cabeça, arrancar as próprias penas e mutilação. “Os animais são mortos após o fígado expandir significativamente e atingir 60% de gordura”, enfatizou.

    Atualmente mais de 15 países proíbem a produção e comercialização do foie gras. Para evitar o sofrimento destes animais, Sandra percorre o país em busca de apoio para a causa. A advogada lembrou que no Brasil a Constituição Federal assegura a proteção da fauna. “A competência para legislar sobre proteção animal e proteção de fauna é comum aos entes municipal, estadual e federal”, informou.

    Em Blumenau, tramita na Câmara Municipal o Projeto de Lei Complentar nº 1469, da suplente de vereadora Evelin Huscher (PT), para proibir a produção e comercialização do produto. Sandra encerrou com um pedido de apoio. “Contamos muito com discernimento e responsabilidade de cada um de vocês. Não percam a oportunidade que vocês têm nas mãos de se tornarem, de fato, os heróis dos seus bisnetos”, concluiu.

    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB

    Foto: Vivian Persuhn | CMB