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22-08-2013

Estudantes defendem a federalização da Furb e a criação de vagas para ao ensino superior gratuito

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    A maioria dos estudantes, representantes de entidades estudantis, fez coro em defesa da federalização da Furb, na audiência pública que a Câmara de Vereadores promoveu para debater o assunto, na noite de quarta-feira (21) de agosto. Os estudantes também defenderam a criação de vagas do ensino superior por intermédio do campus da UFSC.

    Para o presidente do Diretório Central dos Estudantes da Furb, Lázaro Cabral,  a  UFSC não tem interesse na parceria com a Furb, porque outras duas expansões no estado não deram certo. Disse que participou de uma reunião com a atual gestão da Federal e que percebeu que a direção considera um fardo tanto a parceria com a Furb, quanto a criação desse novo campus. “Devemos começar um diálogo com este campus, que não veio para cá por mérito da UFSC, mas sim pela luta do povo de Blumenau”, destacou, ressaltando que a Furb tem uma história única e que a população não pode abaixar a cabeça, mas lutar para estreitar os laços com o novo pólo do ensino superior.

    Lucas da Silva, representante da União Blumenauense de Estudantes, defendeu que a criação de uma universidade federal na região deve passar pela incorporação da Furb. Disse também que a vinda de um pólo da UFSC é muito positiva e que jamais se pode ser contrário à criação de novas vagas na educação. “É importante ressaltar que não atende ao nosso clamor, porque 500 vagas são bem menos das 15 mil que teríamos com a federalização da Furb”, observou, salientando que o clamor popular não foi vencido, pois para os movimentos sociais derrotas não existem e que a vitória pela federalização ainda é possível de ser construída.

    A representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), Ester Graff, comentou que a federalização da Furb foi tema de pauta no último congresso da entidade, realizado em maio, em Goiânia. Ela leu o ofício entregue à direção da UNE na opotunidade. Pontuou que a universidade não é mera reprodução de desigualdades sociais, mas é um espaço para superação dos limites e assinalou que os entraves para a federalização são políticos e não jurídicos.

    Thiago Woemer, segundo vice-presidente da União Catarinense de Estudantes (UCE),  lembrou que Santa Catarina tem apenas uma universidade estadual. Falou que no orçamento regional , das oito reivindicações para a região, nenhuma era na área da educação. “Pra avançar mais, precisamos propor”. Sobre a vinda de um campus da UFSC,  disse que a região ganhou 500 vagas. Mas que apesar de ser um avanço, representa muito pouco. “Pedimos 15 mil, possíveis pela federalização da Furb”, ressaltou. Conclamou os estudantes a não abandonarem a causa pela federalização. 

    Lideranças locais 

    Para a secretária de Educação, Helenice Luchetta, a vinda de um campus da UFSC servirá para reatar o diálogo entre as duas instituições e vai beneficiar a federalização da FURB. Helenice representou o prefeito Napoleão Bernardes e assegurou que o Comitê Pró-federalização tem o reconhecimento do governo municipal. “O governo tem uma grande consideração pelo trabalho desenvolvido pelo Comitê e reconhece também o papel da Câmara que reavivou o debate da federalização”, destacou.

    Disse que não se pode negar a importância da criação de  500 vagas na cidade para o ensino superior gratuito. “No entendimento do governo municipal, este campus trará mais ânimo para continuarmos a luta do projeto Furb federal”, reiterou, citando um exemplo em Minas Gerais, de uma escola técnica que acabou se tornando uma universidade federal. “De nossa parte queremos ser a força para estreitar o dialogo para que num futuro próximo, por meio da nossa Furb termos a Universidade Federal do Vale do Itajaí”. 

    O secretário executivo da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi), Rafael Correa, assinalou que a entidade é parceira do Comitê Pró-federalização da Furb e tem tratado a questão de instalação de uma universidade federal para a região com prioridade.  Lembrou que a pauta foi uma das três reivindicações levadas pela associação para a presidente Dilma, quando da sua visita a Blumenau em 2011.

    Correia contou que o tema esteve presente na primeira assembleia dos atuais prefeitos da região. “Os prefeitos reafirmam o posicionamento, seja para dar andamento na negociação entre as duas instituições, seja para formatar  um novo modelo que leve à federalização da Furb, que a Ammvi sempre defendeu”.

    O representante do Fórum dos Trabalhadores de Blumenau, Gabriel Theis,  contou que está na luta pela federalização da Furb desde 2007 e que não a deixará enquanto não chegar a vitória. Para ele, a questão do ensino superior em Blumenau, vai além do projeto Furb Federal. “Temos que conquistar o acesso pleno ao ensino superior público e de qualidade para a nossa região”, defendeu. 

    Também utilizaram a tribuna para defender a federalização e o campus da UFSC, a professora de Direito da Furb, Elza Benvian, o advogado e ex-vereador João Batista, e o secretário de Planejamento, Alexandre Gevaerd.  Eles propuseram a abertura do diálogo entre as duas instituições. A professora Elza sugeriu que a Furb disponibilizasse o espaço físico para o pólo da federal.

    Foto: Denner Willian|Agência CamaraBlu

    Fonte: Assessoria de Comunicação