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25-07-2013

Câmara discute futura ocupação do prédio da Delegacia Regional em audiência pública

  • audienciaDelegacia

    A Câmara de Vereadores realizou na noite d quarta-feira (24) audiência pública para discutir a futura ocupação do imóvel público onde funciona atualmente a Delegacia Regional de Polícia de Blumenau. O vereador Fábio Fiedler (PSD), autor do requerimento que pediu a reunião, disse que o objetivo foi ouvir a opinião da comunidade. A inauguração da nova sede da Delegacia Regional, na Rua Humberto de Campos, no Bairro Velha, está prevista para o próximo mês.

    Fiedler afirmou que, atualmente, existem duas possibilidades para a ocupação do prédio em frente à Prefeitura: abrigar uma secretaria municipal que esteja em imóvel alugado ou instalar um serviço na área de segurança no local. Em nota oficial, o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) disse que pretende otimizar os atendimentos aos munícipes utilizando o prédio.

    Napoleão reafirmou o compromisso de parceria com a Polícia Civil ao ceder servidores. “A Prefeitura investe R$ 80 mil por mês, R$ 960 mil por ano, em apoio à Polícia Civil. E o terreno onde foi construída a nova sede da Delegacia Regional foi doado pelo município”, informou.

     

    Depoimentos

     

    O secretário de Defesa do Cidadão, Marcelo Schrubbe, disse que o momento pede escolhas. “Os debates têm que ser efeitos à exaustão. Conversa nunca é demais. Se chegarmos ao final com uma melhor medida, onde todos ganham, com certeza, nós acataremos”. Informou que o governo pretende instalar no prédio em frente à Prefeitura a Praça do Cidadão, o setor de confecção de carteira de identidade e Procon. “O objetivo é reduzir em até R$ 2 milhões o custo com alugueis nos quatro anos de administração”, revelou.

    O delegado da Delegacia Regional de Polícia Civil, Rodrigo Marquetti, lembrou que há uns dez anos havia sete unidades policiais em Blumenau. “Em 2004 foram fechadas três. Brigamos tanto por efetivo, mas hoje não temos mais local para colocá-los se vierem mais”, observou. Afirmou que uma estrutura central facilita o acesso da população.

    A juíza do Trabalho, Desiree Bollmann, disse que há muito tempo pede um prédio para a Justiça do Trabalho. Segundo ela, são mais de 300 atendimentos por dia. “É uma das piores estruturas do Estado. São duas varas na Beira-rio e duas no prédio do Banco do Brasil”, contou.

    O secretário de Desenvolvimento Regional, Cesar Botelho, admitiu que não pode questionar a necessidade que a Prefeitura tem hoje de estrutura, mas não pode deixar de concordar com o delegado Rodrigo Marquetti, que quer melhorar o desempenho da polícia. Sugeriu uma reunião com o prefeito para saber decidiu o destino do prédio, com as participações dos vereadores Marcos da Rosa (DEM) e Fábio Fiedler (PSD), representando a Câmara.

    O vice-presidente da Associação dos Conselhos de Segurança de Blumenau, Osni Luiz Bahr, defendeu a permanência da Delegacia Regional de Polícia no local. “Quanto mais longe estiver o local de fazer o Boletim de Ocorrência, menos as pessoas buscaram o serviço”.

    O coronel Roque Heerdt disse que em 1989 tentou instalar uma base da PM na região central, mas não conseguiu. “Tanto a Polícia Civil, quanto a Militar, tem a necessidade de estar no Centro. O grande movimento da cidade ainda ocorre aqui. Temos cartórios, bancos, fóruns, a Prefeitura”.

    O representando o Conseg do Garcia, Celso Marloch, disse que o objetivo da audiência pública foi esclarecer os problemas da segurança. O Executivo só falou em números. Então, vamos fazer uma audiência sobre o que a Prefeitura gasta”.

     

     

    Vereadores

     

    O vereador Mário Hildebrandt (PSD) também defendeu a permanência da Delegacia Regional no local. “O Estado também contribui com Blumenau”, afirmou, indagando o governo quer tirar a Praça do Cidadão do prédio da Prefeitura. Na opinião do vereador Fábio Fiedler (PSD), o atual espaço do prédio não comporta a Praça do Cidadão e o Procon. “A relocação vai custar muito mais caro e a economia acaba ali. Disse que o governo municipal decide sem debater com a população. “Precisamos ouvir o que a comunidade anseia. E a população quer segurança pública”.

    O presidente da Câmara de Vereadores, Vanderlei de Oliveira (PT), disse que não se tem que discutir números, mas política. Para ele, o atual prédio da Polícia Civil, se for anexo da Prefeitura não pode ser com a atual estrutura. “Serviu até agora, mas não servirá para o futuro. Deve adequar o espaço. Se continuar com a Polícia Civil, que também faça as adequações necessárias, porque não dá pra ficar como está”.

     

     

     

    Foto: Denner William/ Agência Câmara

     

     

    Fonte: Assessoria de Imprensa