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27-05-2013

Comunicação

Audiências Públicas

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    Momento em que a Câmara Municipal de Blumenau abre espaço  para debater assuntos de grande relevância e interferência direta no cotidiano da comunidade. Acompanhe, a seguir, as principais Audiências desta Casa Legislativa.

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23/10/2013 / Câmara discute ações de segurança no trânsito em audiência pública

A Câmara de Vereadores realizou na noite desta terça-feira (22), audiência pública para debater a instalação de radares, lombadas eletrônicas e faixas de pedestres nas ruas de Blumenau. O encontro atendeu requerimento do vereador Zeca Bombeiro (SDD). O parlamentar garantiu que as medidas reduzem o número de acidentes com vítimas e traz economia ao município, pois um leito de UTI custa por dia R$ 2 mil.

Assista a matéria jornalística produzida pela TV Legislativa

Assista, na íntegra, o vídeo da audiência pública realizada

Zeca Bombeiro contou que, recentemente, visitou Indaial e Balneário Camboriú, que instalaram faixas elevadas de pedestres. “A medida forçou os condutores a reduzir a velocidade. Se não reduzir, é dano no veículo dele. A lombada eletrônica só é bom para os cofres públicos. Não surte efeito nas vidas. Quero salvar vidas”, declarou, informando que a faixa elevada requer investimento de R$ 6 mil. “Tira três dias de UTI e já paga o valor da faixa. Blumenau registra doze atropelamentos por mês. Não espero que sejam implantadas dez faixas elevadas ao mesmo tempo, mas se fizerem uma por ano em Blumenau, já estou satisfeito”, disse.

O presidente da Câmara, Vanderlei de Oliveira (PT), lembrou que, no início do ano, encaminhou indicação sugerindo estudos sobre as políticas de planejamento da cidade, principalmente em relação à necessidade de passarelas. “Os efeitos, todos nós sabemos, os sofrimentos. O que temos que trabalhar é a questão das causas. E isto depende de encaminhamentos dos órgãos executivos”, observou.

O vereador Marcos da Rosa (DEM) disse que quer uma lombada em frente de cada escola, creche. Mas que não se pode desprezar os dados estatísticos. “Temos pessoas capacitadas à frente da Secretaria de Planejamento e do Seterb. Tem ótimos projetos para a segurança do nosso trânsito”, afirmou. Já o vereador Jens Mantau (PSDB) pediu que se intensifique a implantação de lombadas físicas nos loteamentos.

Depoimentos

O presidente do Seterb, Sergio Christé, afirmou que é importante discutir a segurança no trânsito. Lembrou que a Organização Mundial de Saúde previu que, de 2011 a 2020, será a década de ação de segurança no trânsito. “Está sendo tratada como uma questão de saúde”, revelou, informando que foi lançado, na semana passada, o programa municipal “Blumenau segura – trânsito do bem”. “O projeto prevê campanhas de conscientização com os motoristas. Cada um tem que fazer a sua parte”, frisou.

Em relação à lombada eletrônica, Christé disse que, da forma como é feito o contrato de licitação em Blumenau, exigido pelo Tribunal de Contas, não é viável financeiramente. “Hoje, temos que pagar uma locação da lombada e, tendo ou não multa, vamos cumprir o contrato, vamos ter que pagar para a empresa, independente do valor. A diferença entre o valor do contrato de R$ 136 mil e os R$ 80 mil que se arrecada com multas é bancada pelos cofres públicos”, revelou.

Segundo o presidente do Seterb, o processo de fiscalização eletrônica foi dividido em quatro estágios. O primeiro é a instalação dos equipamentos, que deve estar concluída até maio do ano que vem, nas vias mais rápidas e com problema de atropelamento. No outro, o Seterb pretende adquirir três radares móveis. Para isto é preciso que a Câmara aprove uma nova lei que regulamente o processo. O terceiro estágio é a instalação de radares nos semáforos para inibir o avanço de sinal. O último é a implantação de displays controladores fixos de velocidade, que poderão ou não estar com o radar acoplado.

Na opinião de Christé, o radar móvel vai facilitar a vida da comunidade, já que dará flexibilidade para atender todos os bairros. “Dividimos por hierarquia de ruas. Na Via Expressa, as arteriais e coletoras de primeiro grau, vamos trabalhar com ilha de segurança, controlador fixo e radar móvel. Nas ruas de loteamento, já previmos a instalação de faixas elevadas”, informou, lembrando que, pelo contrato com o BID, Blumenau não pode ter faixa elevada onde passa transporte coletivo. “É um pré-requisito deles. As faixas elevadas complicam o atendimento com velocidade de ambulâncias, bombeiros, polícias”, justificou.

Para o secretário de Planejamento, Alexandre Gevaerd, é preciso disciplinar o trânsito. “A maior necessidade que temos hoje é tornar o trânsito mais cortês. É um desafio mundial, mas tem que ser uma meta global. Tem momentos que não adianta querer correr”, observou, lembrando que, em 1999, tinha na cidade 100 lombadas e milhares de pedidos. “A rua Amazonas tinha 11 e era campeã em acidente. As estatísticas mostram que depois de passar da lombada, o motorista acelera. Então, como fazer para que ele não mude de atitude depois de passar a lombada?”, indagou.

O comandante da Polícia Rodoviária Estadual, Daniel Henrique Cateneo, disse que, do Trevo da Mafisa até o posto policial, é uma via totalmente urbanizada. “Sentimos o reflexo de um trânsito urbano, e não de rodovia. Cuidamos de seis rodovias, doze trechos e mais de dez municípios. É o segundo posto do Estado em número de acidentes e primeiro em número de vitimas fatais”, contou.

O membro do Conselho Estadual de Trânsito e dirigente da unidade sindical das transportadoras, Osmar Labes, disse que é preciso trabalhar exaustivamente a questão da direção defensiva. “Temos carga horária mínima de oito a 16 horas. Se tivéssemos motoristas conscientes, não precisaríamos de lombadas eletrônicas, faixas elevadas e radares móveis. Mas infelizmente a realidade não é esta”, lamentou.

Veja as imagens da audiência pública sobre segurança no trânsito:

 

Foto: Denner William | Agência Camarablu

Fonte: Assessoria de Imprensa


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