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27-05-2013

Comunicação

Audiências Públicas

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    Momento em que a Câmara Municipal de Blumenau abre espaço  para debater assuntos de grande relevância e interferência direta no cotidiano da comunidade. Acompanhe, a seguir, as principais Audiências desta Casa Legislativa.

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22/03/2019 / Audiência pública expõe dificuldades enfrentadas pela educação na cidade

A Câmara de Vereadores realizou nesta quinta-feira (21) uma audiência pública para debater a educação municipal na cidade. As condições de estrutura física, manutenção, falta de acessibilidade e falta de materiais foram discutidos. Na audiência, ficou definido que uma nova reunião do grupo formado por representantes de APPs será realizada para alinhar as questões apresentadas e depois, então, pedir uma reunião com o Poder Executivo.

Participaram da reunião o proponente do encontro, vereador Professor Gilson (PSD); os vereadores Almir Vieira (PP); Marcos da Rosa (DEM); Jens Mantau (PSDB); Zeca Bombeiro (SD); Oldemar Becker (DEM); Adriano Pereira (PT); Bruno Cunha (PSB); além de diretores, pais de alunos, professores e representantes de APPs.

O vereador Professor Gilson disse que foi provocado por diretores, pais e professores para propor a audiência. “Já havíamos feito algumas reuniões e quero dizer a todos que ninguém está contra a secretaria de Municipal de Educação ou contra o prefeito”. Salientou que não é só a manutenção das escolas que precisa de atenção. Ponderou que é preciso ter foco para a solução dos problemas. Lamentou a ausência da secretária de Municipal de Educação, mas sustentou que existirão outras oportunidades dela se fazer presente. “Eu já estive do lado de vocês [professores]. Já fui professor, já fui presidente de APP e hoje estou aqui. Eu sei o que vocês passam todos os dias”, afirmou. Comunidade O representante do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb, Abdul Joari Lima, destacou que o Conselho recebe anualmente um valor e este ano será de R$ 147 milhões para manutenção de educandários. “Esse valor vem dividido, recebemos mensalmente cerca de R$ 14 milhões; 60% é para pagamento de profissionais da educação; e os outros 40% deveria ser usado na manutenção”. Alertou que muitas vezes esse valor não é suficiente para as manutenções necessárias. O presidente da APP do CEI Frieda Zadrozny, Jean Carlos Krats, disse que a APP é a responsável pelas manutenções do educandário. “Recentemente, para termos agilidade nas matriculas no educandário, tivemos que pagar o conserto do computador”, sustentou. Disse que se a escola arrecada R$ 600 mensais com contribuição dos pais. “Se viesse R$ 1 mil por mês seria possível dar mais qualidade de ensino aos alunos”, defendeu. O coordenador geral do Sintraseb, Sergio Bernardo, disse que o sindicato recebeu denúncias que colocam em risco as crianças e os trabalhadores da educação. “O governo municipal tem dificuldade de entender a necessidade de auxiliares de serviços gerais. Temos alguns educandários sem profissionais de serviços gerais e sem agentes de zeladoria”, alertou. Provocou a secretaria Municipal de Educação a apontar os educandários que possuem alvará de funcionamento para não terem problemas no futuro. A presidente da APP da Escola Básica Anita Garibaldi, Renate Dangelo, disse que não é fácil trabalhar com 1.500 alunos em meio às precariedades. Afirmou que manter uma casa já é difícil e questionou as dificuldades de manter uma escola. “Ah, não tem verba? Manda a APP pagar”. Questionou como fazer a manutenção, como cuidar do material didático e dos equipamentos sem verba. O presidente da APP do CEI Oswaldo Burguer, Anderson Fey, falou sobre a falta de acessibilidade nos educandários. "Muitas escolas não têm acessibilidade. Em algumas já tivemos acidentes com professores e alunos”, assinalou. “O que nós, pais e membros da APP queremos, é que sejam analisadas e adaptadas as edificações de educação de Blumenau”, afirmou. O idealizador do grupo das APPs, Júlio Pereira, disse que o grupo foi criado para unir as APPs. “Essa não vai ser a única audiência pública. Vamos continuar com esse grupo para melhorar a qualidade do ensino”, assegurou. Lamentou a ausência da secretária Municipal de Educação e disse que não existe um projeto elétrico para os educandários que sofrem com a sobrecarga elétrica. Questionou quais são as prioridades da prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação. A professora e representante do Sintraseb, Geici Maiara Brig, disse que o Sintraseb defende o serviço público de qualidade. “Hoje os trabalhadores da educação são verdadeiros guerreiros. Muitas vezes a gente tira do bolso”, afirmou. Pediu que os profissionais da educação sejam valorizados. A representante da comunidade, Morgana, disse que já atuou como professora, é mãe e que sabe que a educação tem sempre o mínimo para trabalhar. “Se não fizéssemos mais do que nosso trabalho a educação já teria virado lixo”, lamentou. Disse que muitas vezes os professores precisam comprar o material de trabalho, tirando dinheiro do próprio bolso. Afirmou que muitos educandários são feitos com piso frio e lembrou que as crianças sentam no chão. Vereadores O vereador Jens Mantau (PSDB) disse que a Câmara é a caixa de ressonância que recebe as demandas da cidade. Disse que vai tentar, junto ao prefeito, que as sobras do duodécimo da Câmara de Vereadores sejam destinadas para que as APPs possam realizar os trabalhos e melhorias necessárias nos educandários. O vereador Adriano pereira (PT) disse que sempre esteve ao lado dos trabalhadores da educação como nas recentes votações da Casa. Afirmou que acima dos vereadores estão algumas autoridades, “como o prefeito e outras autoridades que estão ausentes”, afirmou. Lamentou que muitas vezes as crianças chegam em casa com uma rifa para que as APPs possam fazer aquilo que o Poder Executivo não faz. O parlamentar se colocou à disposição para ajudar a educação da cidade. O vereador Almir Vieira (PP) lembrou que visitou várias escolas da cidade. Disse que trabalhou nos fins de semana realizando melhorias em um educandário que os alunos estavam sem sala de jogos. Mencionou que foram vários os pedidos de outros educandários para melhorar a estrutura dos espaços. “Aquele trabalho tomou uma proporção que fugiu do controle e tivemos que dar uma segurada”, disse, acrescentando que auxilia alguns educandários como pode. O vereador Oldemar Becker (DEM) disse que sabe do sofrimento dos representantes das APPs. Citou algumas iniciativas desenvolvidas por diretores de alguns educandários para manutenção dos espaços. “Esperamos que possamos conseguir um plano de trabalho e manutenção para ajudar as APPs”, afirmou. Se colocou à disposição para atender os educandários. Salientou que não adianta pedir uma quadra de esportes para um educandário que se não existe sequer um plano de trabalho e manutenção na cidade. O vereador Bruno Cunha (PSB) disse que todas as problemáticas da sociedade têm como raiz a educação. Lamentou a ausência do prefeito e da secretária Municipal de Educação. “Quando é para vir aqui e ouvir as demandas da comunidade, ninguém se faz presente”, afirmou. Criticou a postura do governo municipal e a falta de diálogo com a comunidade. “É lamentável o que está acontecendo nesta casa. Sou professor e não estaria aqui se não fosse a educação. Sou vereador, mas serei sempre professor. É difícil acreditar em avanço com a ausência do Executivo nesta reunião”. O vereador Marcos da Rosa (DEM) disse que os desafios são grandes e que a educação é uma prioridade. Afirmou que o momento não é para palanque político e se colocou à disposição da educação. Falou de diversas visitas em educandários realizadas nesta semana. “São muitos os desafios e nós queremos veementemente buscar soluções para os problemas da sociedade”, sustentou. Prefeitura O diretor administrativo financeiro da Secretaria de Educação Municipal, Mauro Tessari, disse que o Executivo está presente e que se colocou a disposição para tratar daquilo que precisar. “É necessário tratar a educação, não vamos nos furtar disso na secretaria”, assinalou. Apresentou dificuldades enfrentadas entre o fim de 2018 e o início de 2019, como grande quantidade de contratos ou licitações com vencimento no período, férias coletivas, problemas com fornecedores e limitação orçamentária. Citou os resultados alcançados como a aprovação do projeto para construção de uma escola na Vila Itoupava, conclusão da cobertura de três educandários e viabilização de quatro salas de aula como compensação realizada por uma empresa. Citou ainda outras ações que estão em desenvolvimento, como CEIs em construção, acompanhamento da alimentação escolar e aquisição de novos ônibus escolares. O proponente da audiência, vereador Professor Gilson (PSD), apontou que “a secretaria vive no mundo dos sonhos e a sociedade vive no mundo da realidade”. Disse que por 11 anos esteve professor do Estado e achava que era ruim, e agora vendo de perto, sabe que no município a situação é mais difícil. “Se a secretária e o prefeito não tiveram coragem de vir até nos hoje, nós vamos até eles”, garantiu. Mencionou que o grupo criado para reunir as APPs vai continuar unido. “Essa luta é de todos nós. Não é a bandeira de uma única pessoa”, registrou. Dirigiu-se ao representante do Executivo: “pode levar o recado para a secretária. Acabou a moleza, acabou a brincadeira”, finalizou. A audiência pública será reprisada pela TVL neste sábado (23), às 21h15min, no canal 14 da Net. Também ficará disponível no site da Câmara: www.camarablu.sc.gov.br. Fonte: Assessoria de Imprensa CMB Fotos: Imprensa CMB


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